quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Entrevista com a Banda Pastore

Fala galera, hoje eu venho trazer para vocês a nossa terceira entrevista to me sentindo o Jô Soares e a banda de hoje é a Pastore.
O papo foi longo, peço que leiam até o final e conheça mais sobre esse banda que é uma das melhores do nosso Heavy Metal !!!


Biography Rock  - Para começar conte-nos um pouco sobre o início da banda.

Mario Pastore - A banda  Pastore, que no início era um projeto solo, começou pra valer em 2007 comigo, Raphael Gazal na guitarra, Fabio Buitvidas na batera e Ricardo Ravache no baixo. O Ravache saiu da banda no começo de 2010 e o CD The Price For The Human Sins foi lançado em setembro do mesmo ano. Em 2011 o Aléxis Gallucci entrou na banda e lançamos o segundo albúm The End of Our Flames. 


Biography Rock  - Hoje em dia é difícil trabalhar com Heavy Metal no Brasil. Como vocês encaram essa dificuldade?

Mario Pastore - Estamos no país do axé, pagode, sertanejo, além do fato que o público brasileiro prestigia mais o importado.

Fabio Buitvidas - É tão difícil trabalhar com heavy metal  como em qualquer área. É  lenda  achar que é só montar uma dupla sertaneja  para que o mundo caia aos seus pés. Já toquei outros tipos de música, mainstream, e nada aconteceu. Somente no heavy metal é que consegui algo. O mercado é difícil para todos, mas ainda assim, o Heavy Metal tem uma grande vantagem pois é uma música que se sustenta, não é descartável. Quem ouve e gosta de uma banda hoje vai ouvir e gostar para sempre. No meio mainstream existe um hit que faz sucesso e depois fica velho e esquecido. Há algo curioso no público de heavy metal brasileiro; nos anos 80 dava-se muita importância às bandas nacionais, já nos anos 90 e 2000 parece que houve uma estagnação e o público passou a dar importância apenas ao que vinha de fora. Hoje vejo que está diferente, temos uma base de fãs no Brasil, que consome, vai ao shows, ouve as músicas como se estivesse ouvindo uma banda de fora. Vejo que isso acontece porque as bandas de hoje têm muito mais maturidade do que as de antigamente, tanto musical como administrativa. Concordo que axé, pagode e afins sejam os estilos musicais de maior aceitação aqui no Brasil, mas o heavy metal nunca foi mainstream, é musica de nicho, com fãs dedicados e leais, muito diferente dos estilos citados pelo Mário e é isso que faz a diferença, em nenhum lugar do mundo heavy metal é a musica digamos, "principal", mas há lugares onde ele é menos mal visto como na Finlândia. O problema não é o estilo de música, o problema é conseguir ser músico. Um baterista de pagode ganha uma mixaria e trabalha muito e assim como 98% dos músicos. Ainda assim é muito melhor ser músico de heavy metal pois você faz um trabalho autoral e tem um público fiel.
  


Biography Rock - Quais as principais influências da banda ?
  
Mario Pastore - Queensryche antigo, Iron, Judas Priest, Black Sabbath,Deep Purple.
  
Aléxis Gallucci - Helloween, Gamma Ray, X-Wild, Accept e Judas Priest

Fabio Buitvidas - 33 anos de música em linhas gerais. Tudo  acaba te influenciando, conscientemente ou não. Não ouço uma banda e tento copiá-la. O que toco sai com sinceridade e é fruto de anos ouvindo boa música; mas posso dizer que minhas bandas de cabeceira são Slayer, Tears for fears e Queensryche.

Biography Rock - Como é o processo de criação das músicas ?

Mario Pastore -  Geralmente o Rapha cria bases, eu formulo a maioria das linhas vocais e a banda toda contribui com ótimas ideias e letras.

Raphael Gazal - Na maioria das vezes eu pego a guitarra e fico tocando até sair um riff ou algum tema de guitarra que eu goste. Depois gravo esse riff ou tema no computador e trabalho em cima da ideia, coloco uma linha de bateria e vou construindo a música a partir disso. Depois eu mostro pra banda e eles dão sugestões e a gente faz ou não algumas alterações. Não costumo criar linhas vocais pois eu acho que o Mario criando,  a linha vocal fica mais adequada ao estilo de voz dele. Uma ideia ou outra de voz eu acabo sugerindo, mas eu prefiro que ele crie. Mas todo mundo tem liberdade para compôr.

Biography Rock - O último álbum da Banda Pastore também foi lançado no Japão ?

Mario Pastore - Foi lançado primeiro no japão pela Hydrant Music /EMI  e depois foi lançado aqui no Brasil.

Fabio Buitvidas - Os dois álbuns, The Price for The Human Sins e o novo The End of Our Flames, foram lançados no Japão pela Hydrant Music/EMI. Os japoneses foram os primeiros a apostarem em nosso trabalho,  o que nos possibilitou gravar este segundo álbum com a qualidade que esperávamos.





Biography Rock  - Como está sendo a aceitação do público japonês?
  
Mario Pastore - Temos muitos fãs no Japão e estamos muito contentes com isso.

Aléxis Gallucci -  Nós não temos uma real ideia de como o público encara a banda. Ao que tudo indica, parece que muito bem. Ficamos entre os quatorze  CDs mais vendidos no mês de agosto lá no Japão. Infelizmente  não temos muito contato com o pessoal de lá.

Fabio  Buitvidas - Excelente, assim como em todos os lugares que nossa música chega, seja por lançamento físico ou compartilhamento de arquivos.
 

Biography Rock - O álbum foi lançado em algum outro país ?
 

Mario Pastore
Mario Pastore -  O nosso segundo álbum será lançado no próximo mês,  no dia 12 de outubro,  na Europa e América do Norte pela Inner Wound Records.

Fabio Buitvidas - Esse lançamento é  mais uma conquista para a Pastore. É como uma escada, um degrau de cada vez...
  
Biography Rock - A banda tem planos para fazer alguma turnê por lá ?

Mario Pastore - Temos planos de tocar no Japão, mas precisamos de investidores.

Raphael Gazal - Nós temos planos sim, e também já rolaram algumas sondagens em relação a uma turnê fora do Brasil, mas como o Mario disse, falta investidor.

Aléxis Gallucci - Planos temos, mas uma turnê internacional envolve muitos fatores, mas já estamos estudando algumas coisas.

Fabio Buitvidas - Uma tour bem estruturada  custa muito dinheiro. O ideal seria primeiro fazer uma tour conjunta, abrindo para algum artista médio, mas isto também custa muito dinheiro e é praticamente a fundo perdido pois você tem que custear seus bilhetes, transporte, backline, alimentação, hospedagem...apenas quando você dá retorno financeiro suficiente é que um promotor se dispõem a bancar tudo. Desta forma somente faremos algo quando tivermos condição financeira e certeza de que estaremos tocando em bons lugares e que possamos atingir um público que ainda não nos conhece. O começo é assim.
 


Biography Rock -  E no Brasil, a aceitação do público tem sido positiva ?

Mario Pastore -  Muito positiva. Estamos vendendo bem e recebendo ótimas critícas.

Raphael Gazal - No Brasil nossos dois álbuns estão recebendo ótimas criticas. As pessoas  dizem que o The End  tem tudo para ser o melhor  álbum do ano . Talvez  pensem assim por que fazemos um som um pouco diferente do que as bandas brasileiras se propõem a fazer.

Aléxis Gallucci - Está sendo muito bem aceito. Até agora não vimos uma resenha com críticas duras, ou notas baixas. Sem contar o carinho do público quando fazemos shows. Fazemos questão de atender e falar com todo mundo que nos procura. Acredito que essa relação é muito importante.

Fabio Buitvidas - Da mesma forma que no exterior temos aceitação extremamente positiva.Na verdade mais importante que ser bem aceito fora do país é ser aceito aqui pois o público brasileiro é muito exigente e uma banda que não faz sucesso em seu próprio país não pode fazer fora dele.

Biography Rock - Deixem uma mensagem para os leitores do Biography Rock.

Mario Pastore - Obrigado a todos pela força! Comprem o The End of Our Flames e peçam shows  da Pastore em sua cidade.

Raphael Gazal - Agradeço  o espaço  ao Biography Rock e agradeço aos fãs da banda Pastore.
 
Aléxis Gallucci -  Muito obrigado pelo espaço e para quem não conhece a banda, dê uma ouvida, se gostar, indique a todos os amigos, se não gostar, indique para inimigos, sogras e políticos (risos)

Fabio Buitvidas - Temos um canal onde qualquer um de nossos amigos pode falar consoco quando e sobre o que quiser: http://www.facebook.com/pastoreband, e agradecemos a todos que têm nos ouvido e nos apoiado como a Biography Rock. Esperamos continuar fazendo bons álbuns por muito tempo.

Biography Rock - Mais uma vez eu agradeço a toda a banda por conceder essa entrevista e espero que a banda tenha o reconhecimento que merece, pois o trabalho de vocês é muito bom. Parabéns!
 

 














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